
Dia 25 de maio, foi comemorado o Dia Internacional do Orgulho Nerd, e como um geek assumido, aqui vai uma postagem em homenagem a isso!
Que eu sempre fui vidrado em matemática, não é segredo. Boa parte do que faço do que sinto do que penso, tem ligação com a matemática. A minha visão sobre o mundo geralmente é muito lógica. A matemática poderia ser descrita como uma linguagem que o homem desenvolveu para se comunicar com a natureza! Tem coisa mais bonita do que homem e natureza se comunicarem? No entanto nem tudo é tão exato em termos de número. A natureza é bastante complexa, certo? Mas até onde chega possibilidade humana de entender os fenômenos naturais? É aí que entra o CAOS.
Acabei de ver um filme cuja versão título em português é a mesma do título deste post: "A Matemática do Amor", ou "An Invisible Sign", título original. Apesar do título, fala basicamente de uma garotinha que viu seu pai adoecer e prometeu para ela mesma abandonar tudo o que gostava, desde comidas a vida social, mas não abandonava a matemática, pois com os números ela se sentia segura. É um filme muito interessante no ponto de vista psicológico. Mostra uma espécie de debate na mente da personagem de Jessica Alba em que ela tenta descobrir a "fórmula" para que seus maiores desejos se realizem, partindo da ligação intensa que tem com seu pai. Quando ela encara o desafio de ser professora, ela começa a rever seus conceitos.
Lembro que em Numb3rs, um seriado que faz uma abordagem bem específica de matemática, Dr. Chalie Eppes, personagem interpretado por David Krumholtz, escreve um livro de título "The Attraction Equation", ou em português "A Equação da Atração", utilizando-se de modelos matemáticos para fornecer as probabilidades de as pessoas serem felizes juntas. Existe um monte de calculadoras fajutas pela internet, mas o que o personagem de Numb3rs demonstrou foi uma idéia muito interessante, baseando-se em Sabermetrics, que é uma análise muito usada em beisebol com a evidência empírica e objetiva, que medem as atividades em jogo de um determinado jogador ou um time, para ter uma previsão de quem teria melhor desempenho no futuro.
Aí fica a pergunta: a matemática é aplicável no amor? Pela lógica, não. Afinal quando incluímos o fator humano numa sentença, o resultado torna-se imprevisível. Mas Kant, de modo bastante consistente, justificou consideração da matemática e da geometria ao nível de ferramentas-chaves para a obtenção dos juízos sintéticos para o avanço do conhecimento universal, o que torna a matemática um instrumento de imensos poderes para a ciência. A teoria do valor utilidade, formulada pela escola neoclássica de economia, reduz o comportamento dos indivíduos a uma busca racional por mais satisfação, por meio de diversos bens/serviços oferecidos, cada um com seu grau de utilidade comparável.
Inconsequentemente, nós mesmos medimos sentimentos, supondo quem gosta mais de quem, ou ama mais a quem. E muitas vezes me pego no dilema sobre "níveis de amor", se é que existe isso. Bom... Deixo para os psiquiatras, psicanalistas, psicólogos, psicóticos ou qualquer outro psico da vida resolver essa questão.
*Imagem tirada do http://portaldo3b.wordpress.com/